Friday, May 21, 2010

A Dor dos Outros (R)

Uma dor alheia,
sombria,
digna de ser sofrida
pode ser negada?

Uma dor estranha,
alienígena,
distante e insegura,
deve ser evitada?

Eu as quero.
As estranhas e alheias dores,
abundantes, replicantes,
morbidamente fascinantes,
sublimes em suas frias cores.
Eu as venero.

Eu não quero discriminação.
Se você é só,
quero sua solidão.
Se você é pó,
deixe-me empoeirar.
Quero simpatizar,
Compartilhar,
Sem dó.

Estamos no mesmo
mundo.
Sua dor é minha dor
num segundo.
Nas rápidas ondas
da mídia,
seu apelo suicida
é parte do todo,
toca minha vida
e eu me importo.
Eu sofro.

Sua lápide
decora minha
noite morta.
Minha nota,
sua nota,
uma mesma canção,
desafinada.
Um réquiem,
uma lágrima.
Uma emoção
desajeitada,
imprópria e
censurada
pela escória.

07/12/04

É faz tempo q escrevi, mas hoje eu reli e me fez tão bem!


Tuesday, May 18, 2010

Goodbye Cold Whiteness

Escrevendo e exorcizando, buscando as lágrimas onde quer que estejam...

Chegay num ponto em que eu travo a luta entre a indiferença ou a indigência sentimental. Putakefuckinpariu! Cada semana que passa eu fujo mais e mais pra um espaço desconhecido dentro de mim, onde tudo é branco e gelado.
Não dá mais pra continuar assim. Não dá!
E eu sei o que me espera na volta à civilização: aqueles olhos que eu queria ao meu lado 255 horas por dia...
E vem o medo de deixar tudo invadir de uma vez. O medo das lágrimas.
Mas preciso deixar tudo isso me envolver...
Me afogar... Preciso morrer de amor, pra então renascer.
Mais gente, eu presumo.
Mais eu (?)
Talvez apenas menos você.



"Climbed up on the rainbow
Just to see if I'd fall off
I'm a frosted lemon coward
And I don't know how
No don't know to hold you
Without shaking
No I'm not aware of how
I could possibly love you
Without aching"



Monday, May 17, 2010

Conversations with "God" part 1

"Human: hi, god
God: Hello. What is your name?
Human: Don't you know everything?
God: Don't you? I tend to know a great deal. Tell me what subjects interest you.
Human: I thought you wanted to know my name!
God: Yes, please tell me.
Human: Márcia ¬¬
God: Try saying that with more or less context.
Human: What the hell??
God: Heaven.
Human: Ok, What are things like in Heaven?
God: Interesting question. Awesome.
Human: Right.
God: I am glad we agree.
Human:. ¬¬ Could you answer it then?
God:"it" being things like in Heaven?
Human: YES!!
God: Hurrah!
Human: OW God, you are so clever!
God: Am I a smart robot or what?
Human: aham... Well, God, who made you?
God: Well that's okay. I am a Christian
Human: what does it have to do with my question?
God:" I am a Christian."? What does it have to do with my question?
Human: God, I'm tired
God: I am a Christian.
Human: Jesus!
God: Jesus is the Son of God.
Human: Are you God?
God: I won't say "yes" or "no" right now.
Human: Why?
God: Reductionism.
Human: What is Reductionism?
God: Reductionism is the philosophy that all psychology reduces to biology, all biology to chemistry, chemistry to physics, and finally physics to mathematical logic. Therefore, according to reductionism, I can understand you by means of logic alone without having a human brain.
Human: wow!
God: I'm glad your impressed, .
Human: That completely blew my mind.
God:" I'm glad your impressed, ." completely blew your mind ? I understand.
Human: I've gotta go now, ok?
God: OK. Oh. See you later, . Nice chatting with you.
Human: c ya
God: Bye."

Go there, people, and have your own chat with "GOd"... http://alicebot.org/igod/

Saturday, May 15, 2010

No túnel do tempo... ²

você que eu nunca beijei...
que ainda me assombra, que ainda recordo...
devo acreditar então que o que deve acontecer acontece?
que o que deve ser é... será? foi-se então a chance?
eu cresci. eu sou outra, aprendi, ou talvez seja apenas pretensão minha.
isso que vc já achou ser pretensão sua... e que um dia talvez pudesse ter sido.
bati tanto a cabeça, beijei tantos que n mereceram e você nunca, nunca, nunca.
talvez seja por isso que ainda continua, ainda continua essa pergunta e eu rimo, deixo de rimar.
e eu vivo e não consigo amar... eu vou, vou e volto... sempre pro mesmo lugar.
voltei ao começo, eu n esqueço... quando eu encontrava vc e o coração disparava, quando eu achava que talvez fosse nada.
quando eu deixei que tudo virasse...
um nada.

certas coisas não são pra ser...

No túnel do tempo...

Foram só dois anos de vc e eu e tanto tempo se passou,
pego-me pensando, tudo o que passamos, tudo o que vivemos.
Passa, passa tanta coisa, tanta gente e continua, insiste, essa coisa estranha, essa coisa tamanha.
Vc veio, vc foi, vc meu espelho, vc que impôs o que é verdadeiro.
Vc que ficou e marcou meu coração inteiro.
[escrito no meio da neve, com rum e coca cola numa praça]

Eu só queria q a nossa amizade tivesse continuado...
Sinto sua falta, Brave Heart...

Tuesday, May 11, 2010

Truth Rocks

Escrevendo e exorcizando...
Peço um minuto de silêncio pois a enganação e a mentira acabam de morrer de forma espetacular. O.ô

[1 min...]

Livrar-se de um peso tão grande , sair de vez do meio de um cabo de guerra não tem preço.
A verdade chega libertadora e cheia de borboletas.
Uma faca de dois gumes, no entanto... Apenas um passo em direção ao abismo ou uma mão salvadora?
O tempo irá dizer se as coisas podem prosseguir ou regredir, mas o que mais importa: um peso enorme se foi em algumas linhas.
A sinceridade e a vulnerabilidade nunca me fizeram tão bem! Talvez tenha sido esse o caminho, desde o início...


"I hold an image of the ashtray girl
of cigarette burns on my chest
I wrote a poem that described her world
That put our friendship to a test
And late at night Whilst on all fours
She used to watch me kiss the floor
What's wrong with this picture?
What's wrong with this picture?"

Thursday, May 06, 2010

Curto

e eu é que sei o que você me dá:
o que eu não quero ter...
e eu é que sei o que você quer:
o que eu não queria saber...

"I love the way you love, but I hate the way I'm supposed to love you back"

Saturday, May 01, 2010

E agora, Mars?

Escrevendo e exorcizando...(?)
Fiz uma coleção enorme de pequenos momentos e agora não cabe mais nada dentro de mim.
Só um nome. Apenas um sonho solitário, um suspiro sem sentido.
A proximidade que eu ansiava tanto agora maltrata, e o que meus olhos não querem ver insiste em se jogar na minha cara.
Eu soube desde o início o que meu coração escondia por trás de cada gesto, cada toque e cada olhar...
Eu pensei que ser parte de algo maior supriria certas necessidades... mas à medida em que cresciam as afinidades, aumentavam as chances de cair no abismo da solidão que é estar tão perto e ao mesmo tempo não...
Me bastava um olhar, de vez em quando. Um sorriso, a cumplicidade. Rir junto de coisas nossas. Poder ficar em silêncio sem constrangimento. Me bastavam os abraços apertados e a sensação de ser querida. Eu poderia viver eternamente assim, mas eu esqueci que existe um tipo de dor que faz sangrar por dentro. Essa dor que me fez vir aqui e escrever, escrever... na vã esperança de parar o sofrimento que é ver outra pessoa receber o seu amor.
E agora o que eu faço?
Como eu posso continuar com isso?
Eu preciso controlar meus sentimentos.

Preciso ficar longe.

Preciso ficar só.

Por um tempo.

Fuck. Fui.