Tuesday, February 23, 2010

Verão (estações pt2) again...

Uma vez escrevi sobre as estações, isso foi em 2004... O Verão foi a parte 2.
Algo me fez ter vontade de postar aqui novamente - talvez seja o calor infernal q fez ontem...

Verão

... a realidade então cai, pesada, desajeitada. Em que momento o cego pôde ver novamente? Que mãos benditas (ou malditas?) retiraram dele o câncer plantado, semeado com tantos sonhos e fantasias? Ele vê. Pupilas dilatam-se. É o réquiem de um sonho. Que triste cena contemplar os destroços e finalmente constatar: os pedaços não mais formam o todo. Em meio às brigas, desencontros, desentendimentos surge a raiva. A brisa suave da primavera vira um vendaval de discussões infundadas. A luz que antes cegava, agora consome, maltrata, força a enxergar e a prantear a mágica perdida. Faz cobiçar o ideal. O que era perfeito. Utópico.... Distante... Mas impossível? Talvez. É difícil reunir forças, resumir sentimentos, comunicar, combinar e então resgatar uma relação em chamas. O que se pode aprender em meio ao fogo? Que lições são ensinadas por queimaduras de amor? Dessa mistura de suor, lágrimas, fumaça e cinzas talvez renasça a esperança. Tal como fênix ressurgindo das cinzas, eis que então brota a compreensão mútua. A admissão das culpas e erros. O aprender a perdoar e esquecer. A perda do orgulho e vaidade que abre portas para um espaço novo, inexplorado. Uma folha em branco. Uma visão totalmente desprovida de máscaras e devaneios. Os olhos vêem o que ali está....nu e cru, desprovido de maquiagem: um ser humano frágil e imperfeito, um esboço de eternidade à procura de sua própria verdade. Uma imperfeição cativante, que instiga e não impede o fluxo das emoções. Uma imperfeição que desafia o raciocínio lógico, semeando infinitas e inexplicadas razões para que, mesmo em árido solo, brote o amor...


Friday, February 19, 2010

Insônia

É...
Fugir do "amor" não dá certo - ou melhor - tem o efeito contrário.
Brincar com fogo queima sim - especialmente o coração.
Eu fui da indiferença à idolatria - e agora estou no meio - onde mora o "amar".
Eu fui num caminho nevado de mentiras, e acabei no calor de uma verdade que começa a sufocar...
Ficar perto é o que eu quero. Tocar. Conhecer.
No entanto eu sei que o que me "espera" está quebrado, usado...
Não sei como agir direito - vou ficar aqui quieta.
Vou fazer dieta de olhares e toques,
Tentarei diminuir vontades.
Vou dividir noites frias e soltas...
Insistirei em camuflar verdades.