Monday, August 28, 2006

Nada Não

Gritos em vão
Que só o silêncio pode ouvir
Nada a fazer
É apenas não
E nada pra sobreviver
Fingir...

É apenas vão
E vala pra enterrar
Egos depostos
Ecos engasgados
Revoltados
Expostos

Gritos em vão
E ninguém quer ouvir
Nada a dizer
É apenas solidão
E eternidade pra esquecer
Ferir...

É apenas não
E silêncio pra machucar
É sentimento oposto
É amor vingado
Renegado...

É apenas não
E silêncio pra castigar
Nada a lembrar
Não mais...
Nada a reatar
Não mais...
Dessa vez não
É apenas fim...
Sem mais
Sem perdão.
18.08.06

Thursday, August 17, 2006

Live, Love & Learn - Lesson One

Live, Love & Learn
Lesson one:
A dor se transforma

Abri os olhos sem lágrimas e pude enxergar.
Está tudo tão diferente, mais puro, mais claro.
Acreditei na dor e ela me ensinou.
Fiquei à sua mercê e fui salva por ela.
Tendo arrancado o meu orgulho, e diminuído meu egoísmo, mostrou o que ainda pode ser. Tendo recolhido suas presas, apenas mantém pressão leve pra que eu não me esqueça.
Pra que eu não me esqueça...
O amor cruzou minha vida duas vezes. A paixão tentou imitá-lo em um dia de julho. Quase conseguiu, mas mentes em estações diferentes não se toleram por muito tempo.
Percebi meu erro em julho, um ano depois.
É muito tarde pra existir um amanhã nesse momento, no entanto.
Reencontrei o meu amor e tive que deixá-lo partir.
Olhei nos seus olhos e não achei nada. Ah... e pensar que existia tanta coisa ali!
Mesmo assim, como é bom poder viver pra sentir!
Viver, amar e aprender.
15.08.06

Julho Eterno. Que o Seja Enquanto Dure Este Amor Perdido.

Tuesday, August 15, 2006

Um Dia...

Nada de rimas aqui hoje... Apenas palavras secas e áridas. Apenas a constatação de um erro. Apenas uma confissão. Um pequeno momento de desespero e saudade...
Tem sido difícil levantar da cama e ser perseguida por rosto e nome que de mim não tem lembranças. Um ser que nem acredita, sequer se importa, ou se dá conta de que aqui dentro um buraco se abriu...
EU errei. Eu errei. Eu errei. É tarde pra perdoar porque o esquecimento já fez seu trabalho e novos ares e olhares estão na moda. Eu serei pra sempre menos do que uma lembrança, menos do que um beijo sob estrelas cadentes.
Eu vou ser pra sempre aquela que deixou o amor ir embora sem um beijo de adeus. Aquela que ficou distante, ausente quando um carinho amigo, um telefonema era tudo o que era preciso.
A dor que eu causei só agora tenho consciência, pois ela me faz sofrer o triplo. Essa é a vingança do amor que foi maltratado e abandonado quando as coisas ficaram difíceis e o medo de um futuro incerto se tornou desculpa pra uma traição.
Sempre ri de quem perde a vida por amor. Hoje eu entendo que é possível, sim. Mas aprender sofrendo é o que podia me acontecer de melhor. É o que eu quero acreditar, preciso.
Alguém me disse que só quem já sofreu muito pode desfrutar plenamente da felicidade. Ah! E eu aprendi a amar! Sei que posso tornar alguém feliz ao meu lado, quando essa dor cessar. Um dia ela vai passar, quero acreditar.
Só que isso me parece à milhas de distância, e a cada passo parece que eu ando pra trás e vou de encontro a um passado que não existe mais... Um passado que não quer mais saber de mim e no entanto me tortura a cada dia, e cada lembrança, por mínima que seja, atinge como um soco no estômago, como uma facada no coração.
Eu não aguento mais. Chorar pelos cantos pra ninguém ver, chorar no banho e na minha cama, sufocando os soluços pra ninguém escutar. Tá difícil viver assim.
Vai passar... Vai passar. Vai passar... Eu vou vivendo... Não tenho porque reclamar ou pra quem recorrer, minha culpa não tem voz, meus atos não tem perdão e tudo está tão perdido e é tão tarde, tão tarde... Mas vai passar, vai passar...
De alguma forma.
10.08.06

Monday, August 07, 2006

Agônica Dor Crônica

Lembranças atacam
Por todos os lados
Agonia...
Esperanças deserdam
Todos meus passos
Errada fui
E fria
Em errada hora
E agora?
Cega de dor
Até quando?
Por que tanto
Amor?
Por que agora?
Agonia...
Esse é o preço
Esse é o pranto
E eu não esqueço...
Sua indiferença
Minha sina
Maldita descrença
Que não finda
E eu ainda não posso...
Não posso deixar...
Não posso...
Não quero deixar!
Não consigo...
Lembranças atacam
Dor, dor, dor!
Até quando, amor
Até quando?!
07.08.06

Thursday, August 03, 2006

Fardos & Lanças

Nem se lembra mais do rosto
Que mãos decoraram
Nem se lembra...
Desenho amassado
Matéria aprendida
Passada
Passado

O presente são lembranças
Minhas
Que são lanças e vinganças
Suas
Esse é o preço
É o sangue
Meu
Que escorre em rios
É o sangue
Que escorre no riso
Seu
E eu o mereço

Nem se lembra mais...
Eu fui
Eu era...
O desejo atendido
A coragem premiada
A estrela...
Eu fui
Eu era...
Seu amor
Eu era... sua

O futuro é uma lágrima
Que é fardo
Meu
Que é passado
Seu
03.08.06