Friday, September 22, 2006

Distorção

Palavras perdidas
Palavras torcidas
Relevadas
Esquecidas
Feridas...

Depois de tantas viagens
E bilhetes só de ida
De flores mortas e secas
Antigas
Algo se aproxima

Não se sabe ao certo
Não se enxerga o todo
Não sei
Não ouso querer
Não ouso
Não, não...
É perigoso.

Depois de tantas portas
Fechadas
Trancadas
Uma luz na fresta
Parece que se abre
Parece que abre
Parece que...
Apenas uma luz
Apenas luz
Luz

Não ouso olhar
Não ouso
Esperar
Não posso...
Posso apenas sentir...
Sentir o mundo
Sentir um mundo
Nosso...

Mas não ouso
Sonhar
Não posso...
Só respirar
E acalmar
As batidas
Refrear
Expectativas
Lembrar
Sorrir
De forma louca
E esquisita
Parar
E respirar
E gostar
De forma louca
E distorcida.

Tuesday, September 12, 2006

Entonces

Pensei em escrever a história do que se foi
Em busca do que talvez nunca será.
Mas resolvi deixar pra lá...
Deixar que as águas fiquem calmas,
Que os monstros que ali vivem apenas ataquem
Mais incautos e corajosos corações.
Pensei em reescrever as verdades
Mas elas viraram mentiras
Tentei ressuscitar os vivos
Mas eles querem continuar enterrados.
Entonces... Fazer o quê?
Get high...
E que meu amor descanse em paz.

Tuesday, September 05, 2006

Estranho

Uma sensação estranha...
Não sei o que sentir quando me deparo com sua raiva contida
Não tenho o que dizer quando minhas palavras parecem mentiras
Quando tudo parece normal, vem então a explosão.
O tempo passou e o seu amargo não diminuiu.
Suas palavras tentam ferir quando não há mais motivo
E quando sua fúria me atinge
É algo estranho...
Não sei se relevo ou se me engano
Mas parece que qualquer coisa é melhor do que a indiferença
Que seja raiva, que seja mágoa
Que seja...

Monday, September 04, 2006

Contínua

Ela não pára
Só transforma, deforma
Eu dei sinal,
Gritei
Ela não parou.
Quis pular
Alguém segurou.
Olhei ao redor
Quem me salvou?
Foi meu ego,
Sua dor...

E a vida continua,
Atropela, esfola
E eu sigo...
Sem você...
Não páro,
Não posso
Vou em frente
Transformada
E esfolada,
Mais gente.