Wednesday, April 27, 2005

Questão

Tantos momentos perdidos sem razão... Tantas pessoas presas dentro de si mesmas... Tanta confusão... Tanto medo... Tanta falta de amor... Por quê? Você está aqui... Será coincidência? Por que veio? Por que viemos? Onde será que iremos parar? Será que é amor mesmo? Foi? Haverá uma segunda chance? Você acredita? Foi a última vez.... mesmo? Você estará vivo amanhã? Será que ele(a) está pensando em você agora? Será que eles sabem? Quem poderá dizer? E se fosse possível...? Quanto custa o seu silêncio? Já disse "eu te amo" hoje? Seus amigos são verdadeiros? Perguntas...


QUESTÃO

Quais as perguntas certas?
Ela confunde...
Quer e não quer
Descobrir o mundo.
Tenta e em vão espera...

Na virtude tentou viciar-se...
Mas loucas vicissitudes
Permutadas e somadas
Não forjaram a vontade.
Quis voar mais alto,
Gloriosa e fútil,
Sem sobressaltos.
Quis viver o inútil,
Chafurdar, afundar
Até o fim
Sim, sim...
Quis suicidar...

O plano foi traçado
O objetivo, calculado.
No seu coração frio,
Gelado, mal interpretado,
Ficou marcado
Um sinal,
Uma cicatriz,
Agônica, terminal,
Arraigada, infeliz...
É... Por um triz
Ela não foi amada...

Ah! Vida abjeta!
E por quê?
Perguntas,
Perguntas...
Quais as respostas corretas?
Por ImmX

Friday, April 22, 2005

Venenu Nostru

Venenu Nostru

Andou...
Rodou por tantos lugares,
Tantas vulgares,
Vazias e escuras ruas.
Caiu... Sentindo os olhares
Tão exemplares,
Vazios e insensíveis
A julgá-lo.
Estendeu a mão
E recebeu o não...
Torcendo o rosto,
Apertou o coração
E sufocou o grito.
Contorceu-se tosco,
Lambeu-se e ferido,
Levantou...
Suspirou, pequenino:
Ah! Tantos velhos preconceitos...
Retirou todos os espinhos,
Afiados e... Envenenados...
Olhou para os perfeitos,
Assim vazio,
Assim machucado.
Estendeu a mão,
Em vão...
Ergueu o olhar,
Torceu o rosto.
Ameaçou o grito
E contorcendo-se tosco,
Partiu para o infinito.
Por ImmX em 18/04/05

Tuesday, April 19, 2005

Assim

ASSIM
Linhas e linhas,
Carreiras,
Trilhas.
Ela segue,
Ela cheira.
Vai descendo
A ladeira,
Vertiginosamente,
Na brincadeira,
Perigosamente
Carente...
Ninguém vê, ninguém...
Ela é tudo
Pra elas, pra eles,
Mas não pra alguém...

Linhas e linhas,
Carreiras...
Ela sabe,
Ela quer...
Que o coração bata
Rápido, rápido
E pare,
Simplesmente
E pare,
Lentamente,
E pare,
Indiferente.
Porque tudo pára,
Acaba,
Assim,
Fim.
ImmX, 01/05/03

Tuesday, April 12, 2005

Condessa Vampira

A Condessa Vampira, Inspiração Para Cradle Of Filth


Elizabeth Bathory ou Erzsébet Báthory



Ela era belíssima, alta para a época, de feições delicadas e pele muito branca, sendo proveniente de família nobre, mas revelou-se uma das criaturas mais odiosas e cruéis de seu tempo, matando pelo menos 600 moças e banhando-se no sangue delas, acreditando que isto a manteria jovem e bela, além de ter o hábito de punir seus empregados de formas dignas de Hannibal Lecter do filme "O Silêncio dos Inocentes". Ainda, sua maldade foi tão notória que ela ficou sendo conhecida como um dos "vampiros verdadeiros" que inspiraram Bram Stocker a escrever seu personagem Drácula.


Nascida em 1560, Elizabeth Bathory, talvez por traumas de infância, por ter presenciado o estupro e morte de suas irmãs, ou ainda pelo resultado dos casamentos co-sanguíneos de sua família, desenvolveu uma terrível psicose e um gênio maligno. Após a morte de seu marido, o Conde de Bathory, com o qual havia casado com apenas 15 anos, Elizabeth mergulhou cada vez mais nesse lado obscuro de sua personalidade, recebendo em seu castelo na Transilvânia, várias pessoas ligadas à magia negra e coisas do tipo. Ela participava de orgias na casa de sua Tia que era lésbica, tendo Elizabeth também prazer no lesbianismo, assim como na flagelação. Ela também divertia-se muito com os instrumentos de tortura que seu marido utilizava com prisioneiros de guerra.


Por volta de seus 43 anos é que se iniciam os seus famosos banhos de sangue de virgens que ela e suas "bruxas" caçavam à noite. Sua crença de que o sangue de virgens pudesse lhe trazer o rejuvenescimento originou-se em um episódio que ocorreu quando ela punia uma jovem empregada. Ao bater no rosto da moça com suas longas unhas afiadas, ela tirou sangue da mesma, que caiu em algum lugar de seu corpo. Após o fato, ela estava quase certa de que o local onde as gotas de sangue caíram estava mais fresco e rejuvenescido. Foi então que ela consultou uma das pessoas entendidas de magia, que lhe confirmou o fato, talvez por medo de contrariar a tão imprevisível condessa...


A Condessa então raciocinou que se um pouco era bom, muito seria melhor! Ela acreditava que se tomasse banho com o sangue de virgens e que se bebesse o das mais bonitas, seria gloriosamente jovem e bonita novamente. E assim às noites ela e o seu séqüito caçavam jovens camponesas e no castelo, as penduravam vivas, nuas e de cabeça para baixo, em correntes, cortando seus pescoços, deixando o sangue escorrer em uma banheira, onde tomava o seu banho morno e rejuvenescedor... Se por acaso uma camponesa muito bonita aparecia, ela bebia o sangue em uma taça de ouro, mas mais tarde ela começou a beber diretamente do pescoço da "feliz" garota. Após 5 anos, ela percebeu que o sangue das camponesas não tinha mais o mesmo efeito, talvez por estar com defeito ou não ser de boa qualidade. No início do século 17, na Transilvânia, pais de posição social queriam que suas filhas recebessem fina educação... Foi a oportunidade perfeita para a condessa. Em 1609, Elizabeth estabeleceu uma academia em seu castelo, se oferecendo para cuidar de 25 garotas de cada vez e terminar a sua educação corretamente... As pobres alunas foram "consumidas" da mesma forma bestial que as garotas camponesas. Era muito fácil e Elizabeth se tornou descuidada pela primeira vez em sua carreira maldita. Num momento de frenesi, 4 corpos foram jogados para fora do castelo. O erro foi percebido tarde demais e os camponeses tinham recolhido e identificado os corpos, chegando-se assim a solução dos desaparecimentos... O saldo total das mortes: 600. O interessante é que enquanto apenas camponesas desapareciam nos 5 anos anteriores, as autoridades não deram atenção à estes assuntos, isso acontecendo somente quando garotas nobres começaram a desaparecer... Ela foi a julgamento, em 1610 e suas comparsas foram queimadas na fogueira, mas ela por sua origem nobre não pôde ser executada, foi então confinada a um quarto minúsculo de seu castelo e nunca mais pôde sair - ela morreu 4 anos depois. Abaixo foto da torre onde ela foi confinada.



Elizabeth nunca disse uma única palavra de remorso ou algo parecido. Mais detalhes da história (em inglês) aqui! ou (português - não é a tradução do outro texto) aqui!



Você pode adquirir essa linda bonequinha da Elizabeth no site ImToys: Compre Aqui

Thursday, April 07, 2005

Inesperado

INESPERADO

Eu consegui feito inédito:
Matei... Fria,
Calculadamente.
Assassinei. Era dia
E teu sol que ali jazia
Fracamente,
Inútil companhia,
Vazio, morno, decrépito
Não aqueceu meu coração
Que ali, congelado, não batia.
Nós que atavam, estrangulavam a voz
Do seu eu que quis ser nós,
foram algoz, juiz e sangria,
Fiéis executores da minha perdição.

Na solidão da minha sentença,
Reconheço... Tardia,
Tão amargamente,
O sentimento, a magia,
Teu sonho e alegria,
Tão covardemente
Sepultados, eu diria,
Pela minha descrença.
Assassinei o que ainda era flerte,
O que verão prometia,
Viverei agora assim, só, inerte
Numa vida de letargia,
Eterno inverno e pó celeste,
Sem tudo o que me deste
E que aceitar eu não podia,
Pois amar-te me diminuía...

Resta-me recordar,
Neste meu idílio desesperado,
O amor que crucifiquei,
Que me alegrei de ter matado.
Resta-me lamentar
Teu suicídio inesperado.
por ImmX em 21/05/03, 2:28 a.m.

Saturday, April 02, 2005

Loucura

Loucura

Vem
De súbito,
Insólita,
De modo estúpido
E competente,
Na incompetência total,
Nos devaneios,
Caos, realidade virtual.
Suas afiadas garras
Impelindo a gritar,
Bizarras...
A mente a delirar.
Numa metamorfose,
Num renascer.
Tudo parece novo,
Real e real.
Atrás de estranhas grades,
O que significa
O que vejo,
O que sinto?
Ao meu redor
Napoleões e Einsteins grotescos,
Excêntricos, dantescos.
Vivendo, morrendo
Num mundo de cores fortes
De choques, dores
E de Van Gogh.

O que sinto sufoca
De tanta esperança,
Tanto amor...
O que vejo cega
De tanto desespero,
Tanta dor...
Sou produto da sanidade
Diluindo-se aos poucos.
Sou o médico, a cura,
A enfermidade...
Mentiras, juras e verdades
Sou muito
E tão pouco.
Sou humano
E tão louco...

Por ImmX - 93-05