Wednesday, June 15, 2005

Sem Nome 2

...
E então recomeça o ciclo. Um pouco aqui. Um pouco ali. Noites sem dormir. Momentos sem sorrir... A falta toma conta. A inércia parece normal. Uma insônia infernal. Quando foi que o "inofensivo" tornou-se mortal? Mas isso não é presente. Não te preocupes. Não te desesperes. Quando estás ausente, existe sim, o perigo sempre real e constante. Mas ao teu lado ele está contente, será o suficiente? Parece um recomeçar constante, um fim (de novo...) decadente. Um bem estar inconsciente.
Chega destes "entes", destas rimas exaustivas e freqüentes...
Existe um passado que parece sempre inacabado. Que sempre o força a tentar o impensado, a ferir seu ser amado. Ele, sim, ele... e o pecado. Não... Não é pecado. É um ato impensado. Condensado... Ah! Chega de "ados" e fados e fardos! Falarei a verdade: ele não está mais contente. Ele não vai mais recomeçar nada. Ele não vai... voltar. Não foi o suficiente, a ausência foi muito grande, o vazio ganhou. O vazio o levou. Sua lápide, é o que restou.
ImmX

Wednesday, June 08, 2005

Ser e Não Ser (Poesia Conjunta)

Ser e Não Ser

Ando nos limites da insegurança
Vago, perdida em revelações
Tentando ser e não ser, confusões...
Mistérios de um coração criança.

Vôo no infinito da imaginação,
O coração soluça,
Tentando ser e não ser, debruça
Sobre erros de contradição.

Tropeço em meias palavras,
Esquecendo a frase certa,
Tentando ser e não ser, deserta,
E esquecer, incerta, a quem tu amavas.

Entristeço-me
Pensando ao contrário de mim
Tentando ser e não ser
Sendo, por fim, o que não sou.
Por ImmX e Naná
em um momento de poesia conjunta em algum lugar no túnel do tempo!
(Modifiquei umas coisas, Naná, mas a essência está aí! Bjo)

Wednesday, June 01, 2005

Inhaerente (Monstro)

Existe um monstro ali.
Escondido em cada passo em falso, em cada gesto inconseqüente, em cada momento de desespero mal disfarçado...
A vítima o abriga e nem se dá conta do fato. Oferecendo calor nas noites frias e brancas, nas noites vermelhas e sorridentes, nas noites quentes e desidratadas, nas noites lentas e anestesiadas, ela o alimenta.
Existe um monstro ali.
Ninguém percebe seu olhar furioso, seu olhar guloso, seu olhar depressivo, seu olhar suicida...
Alimentando-se da dor e da sedutora auto destruição, ele cresce.
Ele cresce.
Seus irmãos Sono e Morte o ajudam silenciosamente, com subterfúgios, facilidades e regalias.
O fechar de olhos momentâneo e inofensivo, o gás que impregna e intoxica, o sono falso que nunca é desperto. A garagem, a cozinha, o banheiro... As lâminas, o aço, o ferro, o frasco de comprimidos. A água, o álcool, o fogo, a brasa, as cinzas...
Facilidades...
Amizades...
Existe um monstro ali.
Sim, sim.... Faz um tempo que eu percebi.
E eu o alimento. Eu o acaricio.
Não tenho vergonha, nem peço ajuda.
Espero o dia da mordida, o dia da fuga.
Espero ansiosa, espero sem medo...
Existe um monstro ali no espelho.
ImmX em 01/06/05