Pedacinhos de amor,
Carinhos reencontrados
Partes divididas, reunidas.
Caminhos e espaços.
E eu viajo nesse coração.
Nas suas batidas,
Na minha decisão.
Amor...
Eu viajo nesses olhos,
Nesse brilho,
Nessas estrelas...
Tão minhas
Pedacinhos... de mim.
Nesses dias de lua e de sol,
Nessas tradições sem fim,
Eu viajei e busquei.
Assim fui, em noites escuras.
Esbarrando em pessoas
Sem prestar atenção,
Sem noção,
Sem hora,
Senhora de mim.
Mas hoje você foi meus olhos
E eu vi a luz,
Com suas mãos o céu toquei
E antes cedo do que tarde,
Desafiei covardemente o medo
E você encontrou sua outra parte.
ImmX, Ago 05
Tuesday, September 20, 2005
A Outra Parte
Tuesday, August 30, 2005
Então
É...
E então...
Você e eu...
A situação não nos favorece
Não sou dona do meu coração
Não sou dona do seu coração
Se fosse não existiria mais o amor
O seu amor
O seu amor...
O meu amor...
Não existiriam lágrimas
Não haveria confusão
É...
E então...
Você e eu...
A situação...
Se eu fosse...
Não existiria a dor
A sua dor
O meu amor
Mas...
Então...
Você e eu
Você e eu...
Você... e eu...
Não.
Tuesday, August 23, 2005
Em Qual Rua?
Marcas de punhos na parede
Na testa, galos
Nervoso
Marcas de lábios na mão
Na testa, beijos
Nervoso
O gesto delicado
Os desesperos
Sim, sim
As vontades
As realidades
Nãos, Nãos
As marcas, as cicatrizes
As horas felizes
Deslizes de mãos
Felizes
Cicatrizes...
"Não consigo tirar meus olhos de você"
Os olhos da boca
As mãos do rosto
Belezas
Sorrisos
Tristezas
Não consigo...
Não comigo
Não contigo
Não consigo
"Eu só quero saber em qual rua minha vida vai encostar na tua"
Má "Immortal X" em 20.08.05
Tuesday, August 16, 2005
Borboletas
Borboletas
O passado morto
E no presente...
Borboletas
Em momentos rebobinados sem cessar,
Em olhares de tantas palavras escondidas
Tantas lágrimas de lembranças confundidas.
O futuro não assusta,
É o medo maior do agora que se estende,
Que se afunda
Nas vozes de sonhos,
Nas manhãs de nós, de brigas,
De cheiros e toques de vida.
Borboletas.
Em beijos outros toques de mãos,
Olhares,
Confusão.
Borboletas.
E o que sobrou de tudo?
Um nada infinito, finito?
Borboletas...
Nascidas no inverno de amar,
Procurando volta num inferno de tentar...
Borboletas em caminhos errados...
E na hora errada
A pessoa certa
Perfeita...
Na hora errada...
Errada...
Em lágrimas, vou destruindo todas,
Cortando suas asas...
Deixando-as indefesas.
...nossas emoções
...nossa sorte torta
...fora de hora...?
...nossas borboletas, amor...
Mortas, mortas...
ImmX
Tuesday, August 09, 2005
Mais
Mais
Muito mais do que minutos
Do que rápidos beijos
Do que toques, sobrancelhas
E olhares
Do que cheiros, desejos e arrepios
Mais, muito mais do que suspiros
Do que olhos úmidos
Do que sopros, do que línguas
E lábios
Eles continuam o que não deveriam ter começado
Ele a esconde no espaço das cordas do violão
Ela desempenha seu papel de musa imortal
Ele a quer demais
"e se ele, de repente..."
Quando se gosta...
E se sente
Quando é forte
Quando é quente
Quando arde...
Se quer mais, mais
E agora é tarde,
Ela quer,
Demais.
ImmX
Tuesday, August 02, 2005
Mais Uma Vez
Mais uma vez
Ela olha do lado...
Só, mais uma vez,
Mais uma noite...
Pensamentos incoerentes,
Vontades diferentes.
Mais uma vez,
Mais uma noite...
O telefone e agenda.
Uma voz que seduz.
Algo novo, algo velho,
A oportunidade, a luz.
Mais uma vez,
Mais uma noite...
O velho estranho desejo.
O novo e incauto ensejo.
A dúvida, o sim e o não.
Mais uma vez,
Mais uma noite...
Confusão.
Immortal X em 31/07/05
Wednesday, July 27, 2005
Poetar
Poetar
Olhares alheios,
Mãos e dedos...
Desejos de bocas,
De vodkas e beijos.
Poetar é escrever conexões.
Carinhos de papel,
Frases de plástico.
Toques de sabão,
Afetos elásticos.
É tirar retratos,
Raios X da alma,
Do que se ama,
Do que faz falta.
É traduzir sons mudos
E inércias em movimento.
Criando do incerto,
Óbvios sentimentos.
Poetar é enxergar o belo em cada gota de sangue.
Auscultar medos crônicos e anacrônicos
Enfaixando perguntas expostas sem respostas.
É...
Na histeria das dores do mundo,
Poetar é curar.
ImmX, 21.07.05
Wednesday, July 20, 2005
Fuga
FUGA
E então você acordou.
É estranho...
A lógica parece diferente, mas eles não.
-Os sentimentos abafados-
Você olha ao redor.
Tudo é dolorosamente familiar...
Vê suas ânsias oníricas abocanhadas -e mais uma vez- a verdade é cuspida:
Ao seu redor existe tudo, menos o desejo de estar.
-Pecados e escravos-
Você fecha os olhos num suspiro .
Dói demais...
Ver sonhos construídos, novamente arruinados por elas.
-As oportunidades paralíticas e as saudades órfãs-
Você tenta relevar e levantar.
Sobreviver...
Como se fosse possível esquecer aquele sonho...
Como se fosse possível terminar aquela estória sem começo...
É possível esquecer a paralisia daquelas mãos?
Fatos entalhados.
Perguntas encalhadas.
No solo da consciência ficou a vontade enterrada.
Num beijo proibido, a verdade do que nunca aconteceu.
Você não tentou. Você fingiu não entender o óbvio.
E agora, quais as opções?
Esquecer ou tornar a sonhar?
Levantar e encarar os frutos rotos daquelas sementes acanhadas?
Não, hoje não. Talvez amanhã.
Você fecha os olhos.
Talvez os sonhos voltem.
Quem sabe as coisas não mudam?
Quem sabe ela ainda...?
Quem sabe...
E então, você dormiu.
Immortal X, 19.07.05
Friday, July 15, 2005
Anoitecer
ANOITECER
É um renascer que trai
Parece a vã salvação
Doce fuga
Numa rota só de ida
Parece a sã redenção
Só que podre, fajuta
Uma derrota definida
O anoitecer que trai
É um fenecer, um ai
O torpor que é mentira
Porca e imunda
Desgasta, devassa...
O amor que inspira
Enforca e afunda
Degrada, desgraça...
O anoitecer
É ator e pai
No meu perecer
No meu calor
Que se esvai
Na minha dor
Minha dor...
ImmX, 13/05/03 às 15:00 h
Saturday, July 09, 2005
Wednesday, June 15, 2005
Sem Nome 2
...
E então recomeça o ciclo. Um pouco aqui. Um pouco ali. Noites sem dormir. Momentos sem sorrir... A falta toma conta. A inércia parece normal. Uma insônia infernal. Quando foi que o "inofensivo" tornou-se mortal? Mas isso não é presente. Não te preocupes. Não te desesperes. Quando estás ausente, existe sim, o perigo sempre real e constante. Mas ao teu lado ele está contente, será o suficiente? Parece um recomeçar constante, um fim (de novo...) decadente. Um bem estar inconsciente.
Chega destes "entes", destas rimas exaustivas e freqüentes...
Existe um passado que parece sempre inacabado. Que sempre o força a tentar o impensado, a ferir seu ser amado. Ele, sim, ele... e o pecado. Não... Não é pecado. É um ato impensado. Condensado... Ah! Chega de "ados" e fados e fardos! Falarei a verdade: ele não está mais contente. Ele não vai mais recomeçar nada. Ele não vai... voltar. Não foi o suficiente, a ausência foi muito grande, o vazio ganhou. O vazio o levou. Sua lápide, é o que restou.
ImmX
Wednesday, June 08, 2005
Ser e Não Ser (Poesia Conjunta)
Ser e Não Ser
Ando nos limites da insegurança
Vago, perdida em revelações
Tentando ser e não ser, confusões...
Mistérios de um coração criança.
Vôo no infinito da imaginação,
O coração soluça,
Tentando ser e não ser, debruça
Sobre erros de contradição.
Tropeço em meias palavras,
Esquecendo a frase certa,
Tentando ser e não ser, deserta,
E esquecer, incerta, a quem tu amavas.
Entristeço-me
Pensando ao contrário de mim
Tentando ser e não ser
Sendo, por fim, o que não sou.
Por ImmX e Naná
em um momento de poesia conjunta em algum lugar no túnel do tempo!
(Modifiquei umas coisas, Naná, mas a essência está aí! Bjo)
Wednesday, June 01, 2005
Inhaerente (Monstro)
Escondido em cada passo em falso, em cada gesto inconseqüente, em cada momento de desespero mal disfarçado...
A vítima o abriga e nem se dá conta do fato. Oferecendo calor nas noites frias e brancas, nas noites vermelhas e sorridentes, nas noites quentes e desidratadas, nas noites lentas e anestesiadas, ela o alimenta.
Existe um monstro ali.
Ninguém percebe seu olhar furioso, seu olhar guloso, seu olhar depressivo, seu olhar suicida...
Alimentando-se da dor e da sedutora auto destruição, ele cresce.
Ele cresce.
Seus irmãos Sono e Morte o ajudam silenciosamente, com subterfúgios, facilidades e regalias.
O fechar de olhos momentâneo e inofensivo, o gás que impregna e intoxica, o sono falso que nunca é desperto. A garagem, a cozinha, o banheiro... As lâminas, o aço, o ferro, o frasco de comprimidos. A água, o álcool, o fogo, a brasa, as cinzas...
Facilidades...
Amizades...
Existe um monstro ali.
Sim, sim.... Faz um tempo que eu percebi.
E eu o alimento. Eu o acaricio.
Não tenho vergonha, nem peço ajuda.
Espero o dia da mordida, o dia da fuga.
Espero ansiosa, espero sem medo...
Existe um monstro ali no espelho.
ImmX em 01/06/05
Wednesday, May 25, 2005
Sem Nome
Ela não encontra razão,
Tudo parece intenso, intensa ilusão.
Ela e os outros...
Os outros, os estranhos,
As estranhas sensações
E as caras e abusadas,
Perigosas intenções.
Num êxtase ilusório,
De pulsação excessiva,
Num gesto contraditório,
Ela abre assim a ferida
Que aumenta lívida,
E da noite se alimenta,
Mas nada preenche
E nem acalenta...
A dor rasga, se alastra.
Que nem serpente
Numa selva de vermelhos,
Que nem rachadura
Num falso espelho.
A dor afaga, com a candura
De uma verdadeira paixão,
Perdida numa vida
Inteira de solidão.
ImmX
Saturday, May 21, 2005
Ouvindo 4 Non Blondes
O universo pára,
A música penetra
E não,
Nada é como antes,
A não ser a essência dessa inocência
E dessa criança a esperança
De tantos amores corroídos
Num ácido sem sentimento,
E de mil beijos diluídos
Em vãos passatempos.
E ela quer sumir desta cidade
Em fuga de cinema,
Deixar sua fragilidade
Em brechas do esquema.
Ouvindo 4 Non Blondes
Ela quer cantar o ego,
Abrindo o lacre das emoções,
Emergindo das imperfeições
Largando o medo...
E gritar aos quatro ventos
Que tudo vai acontecer,
Alimentando os rebentos
De um ideal que acabou
de nascer.
Ouvindo 4 Non Blondes
Procura a vã absolvição
Na música que equilibra
Santifica...
Transformando o sim e o não.
Nesses sons de viver
Ela busca a ternura, a tentação.
Ouvindo 4 Non Blondes
Eu ainda penso em você...
Por ImmX
Monday, May 16, 2005
Immortale
Ao regressar, depois de tanto tempo, memórias escondidas em cada canto, cada rua, tomaram forma e por instantes infinitos e inesperados dançaram a minha volta, arrebatando meu coração e atirando-me numa viagem temporal.
As noites boêmias, os natais de presentes surpreendentes, os fins de semanas fugidos, as férias gozadas ao máximo e o gosto inigualável de um beijo muito esperado...
O condomínio, as escadarias, apartamentos, festas, excursões... É muita coisa pra recordar. É muita coisa pra comparar. O presente está mudado, mas a essência não pode ser dissipada. O que foi não voltará jamais, mas também não poderá ser apagado. Noites de champanhe, programas de índio, vôlei na rua, descobertas, poetisas e a lua... Sentimentos, esperanças, medos, sonhos, adolescência, amigos, amigos, amigas... Fiz uma viagem no tempo e nela encontrei o que fui e o que sou. Nessa máquina do tempo entrei e dela saí mais gente, mais forte, mais confiante.
Beijos Naná, Jack, Renata, Joel... Nossas vidas mudaram, novas perspectivas apareceram, novos rumos foram tomados, e em meio a isso tudo, conseguimos manter nossa essência, nosso amor, nossos vínculos sinceros.
Friday, May 13, 2005
Ex- Amor Eterno
EX-AMOR ETERNO
Já viram lágrimas em meu rosto
Pequenas amostras de emoção
Viram meu interior exposto
E meu ego disposto a ser menos roto
Menos torto...
Morto.
Isso é pretérito, falecido, sepultado.
Só pra ser diferente
Escreverei o inverso, o esquecido e mutado
Agora chega o inverno
Meu frio
Meu vazio
O calafrio do ex-amor eterno.
ImmX
Tuesday, May 10, 2005
Crime de Viver
Crime de Viver
Quebramos regras
Invadindo nosso próprio espaço.
Ultrapassando o limite do sentimento
Matamos o tédio
E roubamos sorrisos.
Ao furtar olhares secretos
Fomos cúmplices,
Fomos espiãs.
Em nossas fugas alucinadas,
Quando boçais falsos nos perseguiam,
Encontramos refúgio da tempestade,
Entre raios e pedras,
Na nossa sincera amizade.
Não temo o veredicto final
Sei que inocentados serão
Os verdadeiros e os que não esquecem.
Nosso passado não foi vão
Pioneiros, os nossos passos permanecem,
São fósseis revelando uma vida,
Que embora há longo tempo vivida,
Jamais deixará apagar o sorriso,
Jamais deixará encobrir a certeza,
Muito menos a ternura do nosso ser.
Amigas uma vez, amigas para sempre,
Eternamente presas pelo crime de viver.
ImmX em 09/05/05
Friday, May 06, 2005
O Equilibrista
O equilibrista
Cansou.
Ao olhar pra baixo, num misto de vaidade e ódio, vê aquele séquito de invejosos.
Aquela multidão de hienas aguardando a carniça.
Fecha os olhos e sente leve tontura.
Alguns pensamentos obscuros percorrem sua mente.
Embora sinta-se tentado, ainda não quer se deixar levar pelo peso daquele sucesso. Não, não...
Um vento frio bate, chicoteia.
O leve balanço da corda vai tornando a mente preguiçosa...
Divagações lentas, memórias vindo à tona...
Lembranças de mágoas e lágrimas. Dores cansadas... Amores perdidos no vento...
É... Talvez seja a hora... Afinal, de que servirá a glória de um ato falho?
De que servirá o louro de uma vitória solitária?
É. Acabou-se aquela milagrosa sensação de bem estar.
É. Cansou de equilibrar-se.
Olha pra cima e vê aqueles sonhos tão bem desenhados em nuvens passageiras.
Relembra algo distante e sente um aperto na garganta.
Fecha os olhos. A tontura volta novamente, mas desta vez não a impede, deixa-se levar naquele vôo finito.
Por um instante há apenas o silêncio, rapidamente interrompido pelo baque e em seguida pelas gargalhadas animais...
O lento vermelho vai escorrendo e tingindo a superfície até então imaculada. Nos rostos, uma expressão de alívio e puro prazer. O show acabou. Agora tudo volta à mesmice. Não há mais o que invejar.
Eis que o equilibrista desistiu.
Eis que o sonho perdeu para o destino.
Forças maiores ainda existem para provar o óbvio...
A corda solitária que ainda existe não é mais a mera coadjuvante. É a estrela a espera de um novo prodígio cheio de si.
O espetáculo foi interrompido.
O equilíbrio foi perdido e assim perderam-se os elos...
O equilibrista caiu.
O sonho morreu.
ImmX em 05/05/05, 00:55 hs
Monday, May 02, 2005
Olhos Fechados
Olhos fechados
Com olhos fechados
Não vês a dor
Fica tudo mais claro
Tudo sem pudor
É fácil mentir
É fácil sentir
Com olhos fechados
Escutas melhor
Fica tudo mais vívido
Mais salgado meu suor
É fácil discernir
É fácil inferir
Com olhos fechados
Emudeces tua indiferença
Nada fica insensível
Nada vira descrença
É difícil esconder
O que tens guardado
É difícil não ver
Tua absolvição e o meu pecado
Tua sede e a minha fome
Com olhos fechados
Viramos brasa e cinza
No amor que nos consome
ImmX em 01/05/05 23:50